Psi20 - Até onde irá este ressalto?

O o ressalto chegou finalmente!! Curiosamente reagiu perto dos 8100 pontos, onde tenho desenhado um suporte do qual nunca falei por considerar que uma eventual reacção na sua proximidade seria apenas uma mera coincidência...

E até onde deverá levar-nos este ressalto? Parece-me difícil estabelecer um target para este ressalto, nesta altura o índice está em valores onde não andava há muito tempo e, a última vez que por aqui andou, estava com tendência de alta, agora estamos com tendência clara de baixa! Ainda assim, atrevo-me a dizer que estou a observar a zona dos 9.200/9500 pontos com possível target deste ressalto já que corresponde ao intervalo entre os 38,2% e 50% de retracção do movimento de queda anterior... Os suportes e resistências principais neste momento estão a ser definidos por este movimento de queda e parece-me mais seguro que se espere por uma situação técnica mais clara que nos permita entradas mais seguras que neste momento, embora seja provável que muitos títulos ainda subam antes de voltarem a corrigir, para fazer novos mínimos ou não, isso depos se verá...

Como já disse anteriormente não é fácil apanhar estes movimentos, sobretudo nos títulos em que a inversão é muito rápida e iniciada no intraday, com a tendência de queda os riscos de se tratar, como já aconteceu antes, de uma inversão apenas de curtíssimo prazo são grandes... outra coisa que acontece com frequência foi o que me aconteceu no Banif, entrei com um stop apertado que foi accionado num movimento de queda antes da inversão (nos comentários da semana passada descrevo o trade com mais pormenor)!

TÍTULOS EM DESTAQUE

(Estes títulos não pressupõem um aconselhamento de compra, neste capítulo pretendo apenas falar de títulos que se destaquem por alguma razão, que até pode ser negativa)

Esta semana vou destacar dois títulos apenas porque foram os únicos dois do Psi20 que não fizeram ainda novos mínimos depois das quedas de Março, a Jerónimo Martins e a Portucel. A primeira destaca-se ainda por não estar muito longe dos seus máximos, algo que não acontece com a papeleira! Além destas duas, a Semapa e a Portugal Telecom quebraram apenas ligeiramente os mínimos de Março e já estão acima deles de novo! Esta semana fica apenas este registo...

TENDÊNCIAS

Curto prazo: Alta

Médio prazo: Baixa

Longo prazo: Baixa

POSIÇÕES

Médio/longo prazo: Portucel e Ren

Curto prazo: 100% líquido

Boa semana para todos

Psi20 - Mais do mesmo...

Mais uma semana “negra” na bolsa portuguesa, o ressalto, de que falei na semana passada, aconteceu realmente mas penso que as probabilidades de já ter terminado são grandes. O Psi-20 fez, no gráfico semanal, nove velas negras consecutivas, algo que não encontro no bear Market de 2000/2003. Ainda assim, no gráfico mensal, encontro algumas situações com 7/8 velas negras consecutivas, algo que ainda não tivemos agora.

O exposto anteriormente serve apenas como referência, em situação alguma podemos ter garantias de que os padrões se repetirão.

Se considerarmos valores de fecho o índice Psi20 fechou a semana em novos mínimos, empurrada, nas últimas sessões, pela menos provável Galp. Não tenho muito a acrescentar relativamente à semana anterior, na minha perspectiva, continua a ser muito arriscado assumir posições longas, de curto/médio prazo, no mercado. O índice continua a não dar grandes sinais de força e, embora possam existir algumas oportunidades de curto prazo, as probabilidades e os riscos estão claramente contra este tipo de posições. A seguir analisarei a banca para melhor se perceber o que penso de entradas neste momento.

TÍTULOS EM DESTAQUE
Esta semana vou falar da banca, o destaque surge apenas porque assumi, quase sem querer, uma pequena posição no Banif, no final da semana passada. Tecnicamente os títulos da banca estão a testar os mínimos anteriores, fizeram um pequeno ressalto no início da semana e voltarão aos mínimos no final (uns estão em mínimos outros estão perto). Este facto leva-me a fazer uma reflexão que me parece interessante. Por vezes este voltar aos mínimos antecede um ressalto mais forte do mercado, vem cá abaixo verificar que os vendedores perderam força nesse ponto e aparecem os compradores.

Desta forma, à partida, poderá fazer sentido entrar perto dos mínimos e colocar um stop um pouco abaixo (por exemplo, no Banif, entrar a 1.69/70 e colocar um stop nos 1.65). O risco ronda os 3%, e o potencial, caso haja um ressalto maior, será de 15/20%. O problema é que, na minha opinião, as probabilidades de o ressalto já ter terminado, e virem aí novos mínimos, são muito superiores ás da ocorrência de um ressalto maior. Assim, penso que houve alguma precipitação da minha parte, digamos que este caso está no limite (ou ligeiramente fora dele) do aceitável na minha estratégia, o potencial é claramente superior ao risco, mas as probabilidades de sucesso são muito inferiores.

TENDÊNCIAS
Curto prazo: Baixa;
Médio prazo: Baixa;
Longo prazo; Baixa;

POSIÇÕES
Médio/longo prazo: Portucel e Ren;
Curto prazo: Banif;

Boa semana e bons negócios

2. A minha estratégia - Prazo de investimento

Antes de mais, devo dizer que não concebo assumir qualquer posição no mercado sem ter muito bem definidos alguns parâmetros que me permitirão depois agir de acordo com os mesmos. Dizer que temos de ser menos emocionais quando investimos não chega, é preciso estabelecer metodologias que nos permitam conseguir isso.

O primeiro dos parâmetros que vou abordar, por ser aquele que já o estabeleço automaticamente, é o prazo de investimento. Termos consciência do prazo (curto, médio ou longo) em que estamos a investir, quando assumimos uma posição em bolsa, é fundamental para a forma como devemos depois reagir em função da evolução das cotações do título em que entramos. Por princípio este prazo não deverá ser alterado se a posição for perdedora, se esta se tornar ganhadora ai sim será correcto, por exemplo, tornar de médio prazo um trade que começou por ser de curto prazo, embora, esta possibilidade devesse estar também definida à partida.

Um dos erros mais frequentes dos investidores de bolsa inexperientes é transformar uma posição de curto prazo numa de longo prazo, apartir do momento em que esta se torna negativa. Inicialmente adquirem um determinado título convictos de que este vai subir rapidamente, mas o título acaba por ter um comportamento inverso e começam imediactamente a procurar razões fundamentais que os levem a manter o título a longo prazo, no fundo eles querem é mantê-lo enquanto não estiverem a ganhar! Faz bem ao ego e acalma o espírito mas, na grande maioria dos casos, faz muito mal à nossa carteira, algumas das vezes é o início de um arrastar de posição que pode durar anos e que lentamente nos afasta, desiludidos, dos mercados...

Uma nota importante, investir a longo prazo não significa, como muita gente pensa, comprar um determinado título e esperar entre 3 a 5 anos, não nos podemos esquecer de outro aspecto decisivo, é fundamental comprar barato. Um investidor de longo prazo raramente compra um título que já subiu 200 ou 300%, compra sim quando desceu muito, quando poucos estão a comprar, quando ninguém olha para o título. Um investidor de longo prazo compra depois de estudar a fundo os fundamentais do título! Serve isto para dizer que a grande maioria das pessoas que dizem "estas são a longo prazo" estão a enganar-se a si próprias, pois não estudaram (a maior parte nem o sabe fazer) os fundamentais do título em que entraram, nem sequer reparam que podiam ter comprado algum tempo antes por metade do preço ou até por menos!

O facto do prazo que consideramos para uma determinada posição pode ser a diferença entre estarmos certos ou errados.

Dou um exemplo, vamos avaliar uma entrada em PTM em Fevereiro de 2000 a 100 euros, poderá considerar-se uma boa entrada? eu diria que a curto prazo sim porque que a tendência, em todos os prazos, era claramente de alta, mas a longo prazo não, porque fundamentalmente o título já estava muito caro.

Um exemplo inverso, avaliemos uma entrada em Sonae em Junho de 2002 a 0.50€, a curto prazo era uma péssima opção pois o título estava com uma tendência clara de baixa, a longo prazo podia ser uma opção correcta já que os fundamentais do título indicavam que este se encontrava já bastante barato (embora eu não seja a pessoa mais indicada para avaliar fundamentais de empresas, penso que haverá algum consenso sobre este facto).

O prazo que consideramos para um investimento é também importante porque ele estabelecerá a colocação do stop (este é outro factor de que falarei posteriormente), as tendências de curto, médio e longo prazo são diferentes e os stops devem ter isto em atenção. Os títulos têm muitas vezes tendências diferentes, a curto, médio ou longo prazo.

Assim a primeira regra é saber perfeitamente se estamos a assumir uma posição a curto, médio ou longo prazo e não alterar este princípio, a não ser na situação que falei em cima ou noutra muito excepcional. Eu só altero o plano inicial em situações muito especiais, nem me estou a lembrar de nenhuma vez que o tenha feito. Evidentemente não estou a falar de alterações que provêm de alguma flexibilidade prevista inicialmente.

Bons negócios

Artigos relacionados:
1 - A minha estratégia - Introdução
3 - A minha estratégia - Os stop loss
4.1 - Pontos de entrada - A referência

Psi20 - Teremos um ressalto agora?

Esta semana não há muito a acrescentar em relação ao que tenho vindo a dizer, a tendência continua de baixa sem sinais de inversão importantes. Ainda assim, no curto prazo, tivemos alguns sinais de exaustão das vendas pelo que poderemos ter esta semana um ressalto, uma correcção em alta do forte movimento de queda que, em dois meses, retirou 25% ao índice português...

De qualquer forma, ao olhar para o gráfico mensal que apresento esta semana, não posso deixar de manifestar as minhas fortes cautelas relativamente a entradas longas neste momento. Como já disse anteriormente, até podemos já não fazer novos mínimos mas a tendência é clara de baixa e, nestas condições, as apostas contra o a tendência dominante têm sempre um risco elevado e um potencial limitado. Ainda assim, utilizando regras bem definidas que incluam stops, limitam-se os riscos, nestas condições poderá fazer algum sentido entrar. Esta semana, em princípio, vou ter mais tempo disponível, não vou entrar mas talvez me possa vir a decidir fazê-lo se os mercados evoluírem de forma favorável, se vislumbrar uma boa oportunidade, mas não estou sequer muito motivado para a encontrar.

TÍTULOS EM DESTAQUE:

Nesta semana vou destacar a Galp e a Jerónimo Martins. Não são títulos que tenham um desenho especialmente bull mas são os dois, entre os títulos maiores da nossa bolsa, que melhor têm aguentado este bear market. Manteria Galp enquanto se mantiver acima dos 13.50€ e JM acima dos 4.10€ (ainda assim nesta a zona de suporte, a meu ver, está menos bem definida que na Galp).

TENDÊNCIAS:

Curto prazo: Baixa;

Médio prazo: Baixa;

Longo prazo: Baixa;

POSIÇÕES NO MERCADO:

Médio/longo prazo: Portucel e Ren;

Curto prazo: 100% líquido;

Boa semana para todos!